Prefeito organizou "I Grande Festival de Pum", no final de 2011
Vereador de oposição questionou a constitucionalidade do Torneio e alguns ítens do Regulamento. Justiça interviu e houve forte tumulto no final.
ATUALIDADES
Da Redação.
Um prefeito do interior mineiro organizou no final de 2011 um Festival de Pum em seu município. "Queremos fugir um pouco da rotina e alegrar melhor nossa população nesse reveillon", justificou a autoridade. Para o "I Grande Festival de Pum", uma vasta campanha publicitária foi feita e uma grande agitação tomou conta de todos, principalmente das crianças. Os prêmios seriam distribuídos por quatro categorias: peidos de adultos homens até 60 anos, peidos de adultos mulheres também até 60 anos, peidos de idosos dos dois sexos de 61 a 95 anos, e peidos de crianças e adolescentes. O Regulamento do Festival proibia rigorosamente que menores de 5 anos participassem do Evento. "Crianças menores de 5 anos ainda não estão preparadas psicologicamente para esse tipo de acontecimento", alegou um psicológo, parente do prefeito e um dos coordenadores do Festival.
Exatamente 3003 pessoas se inscreveram, inclusive o padre da cidade e alguns pastores evangélicos, motivadas pelas altas premiações e incentivos antecipados. O primeiro colocado de cada categoria ia ganhar R$ 50.000,00. E o segundo e o terceiro R$ 40.000,00 e R$ 30.000,00, respectivamente. Como incentivos antecipados, cada concorrente recebeu 6 horas antes do torneio uma dúzia de ovos (com orientação para comerem cozidos), repolho, couve-flor, cebola, vísceras bovinas e mais um bônus de R$ 2,00 para o candidato comprar um ou outro alimento que provocasse "peidos fortes", segundo a experiência concreta de cada um. "Esses incentivos antecipados visam colocar todos os candidatos em pé de igualdade", declarou o médico clínico geral da cidade, também envolvido com a organização do Evento.
O júri foi escolhido entre pessoas de uma localidade vizinha, para que a imparcialidade e justiça prevalecessem. "Aqui a justiça é que vai imperar", disse o juiz da cidade, também responsável pela organização do Torneio flatulístico. Além dos votos do júri, a população também ia se manifestar, em caso de algum empate. A esse aparato, foram providenciadas ainda máscaras a todos os que comparecessem ao Festival. "Queremos garantir a total democracia. Se alguém vier mas não aguentar a catinga, bota a máscara", disse o prefeito, já bastante entusiasmado com a adesão maciça a sua ideia.
No dia do "I Grande Festival de Pum", quase toda a cidade a postos... Alguns candidatos mais nervosos já começavam a soltar alguns fininhos antes mesmos dos trabalhos iniciarem.
Mas chega um Oficial de Justiça com uma ordem para cancelar o Festival. Um vereador da oposição havia questionado a constitucionalidade do Evento e conseguiu que um juíz da capital mandasse suspender tudo. Além da questão constitucional, o vereador alegou ainda que o Regulamento do Festival era obscuro. "No Regulamento não está claro se as premiações seriam para quem peidasse mais alto ou para quem soltasse o peido mais fedido, isso cheira a armação", declarou o vereador. O edil parlamentar lembrou ainda que na cidade havia um senhor de 96 anos que era muito conhecido por peidar forte e fazer oposição ao eterno esquema político do prefeito. "Por quê o Regulamento só permitia inscrições de idosos até os 95 anos?", indagou.
Nos autos do processo haviam indícios também de que houve superfaturamento de preços nas compras dos incentivos alimentares e das máscaras, e ainda que o júri escolhido estava programado para dar todas as premiações a pessoas do prefeito e da Coordenação do Festival, para dividirem entre si os altos valores anunciados.
Revoltados, os candidatos que nada tinham a ver com a armação do prefeito e seus aiados começaram a peidar violentamente, causando reboliços na população. Alguns chegaram a desmaiar, diante de tanto fedor. Mas a polícia não precisou agir, pois logo todo mundo se dispersou, por conta da crescente catinga no local...
Procurado por nossa equipe, o prefeito disse apenas que: "Pô, não se pode nem mais tentar alegrar o povo! Isso é inveja da oposição, que não tem propostas lúdicas para a nossa cidade!
A Justiça da capital deu um prazo de trinta dias para que o prefeito e seus aliados possam produzir suas defesas.
"Humorismo verdade..."